Paulo,
Passei
vinte anos te procurando . Escrevi
poemas que falavam do amor que tive,
enviei mensagens marcando desesperados encontros, sussurrei palavras em seus
ouvidos, gemi de prazer e de dor. Trago no corpo as marcas desse amor:
são linhas na expressão do meu rosto que revelam o que eu nunca disse porque
minhas emergências eram outras.
enviei mensagens marcando desesperados encontros, sussurrei palavras em seus
ouvidos, gemi de prazer e de dor. Trago no corpo as marcas desse amor:
são linhas na expressão do meu rosto que revelam o que eu nunca disse porque
minhas emergências eram outras.
Registrei nossos
fortuitos e desesperados encontros em
versos cheios de desejos e metáforas, escrevi cartas terminando nosso
relacionamento sempre borrando-as com saudades. Você não sabe o quanto te
desejei e te amei porque tudo não passou de um grito dentro do silêncio
tortuoso.
Durante esses anos fui
colecionando lembranças e tentei registrá-las fora do tempo, do espaço e com
personagens ávidos de segredos. Senti o seu peso em meu corpo e
o peso do infortúnio da verdade e da mentira.
Posso dizer que tive um
grande amor porque ouvi o que os amantes
dizem e senti o que eles sentem- uma dor
sempre presente e uma felicidade efêmera.
Paulo, dedico-lhe essas
memórias para que eu possa enfim mergulhar em teus olhos de diamante Hope,
beber em tua boca salgada, explodir em ondas revoltas e emergir consciente de
que o verdadeiro encontro se deu na procura.
Cecília.
06/11/12
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